Um adeus a António Feio: Actor de talento e coragem

sexta-feira, 30 de julho de 2010


A consternação foi geral: António Feio, soube-se em Março de 2009, estava em cena o espectáculo ‘A Verdadeira Treta’, sofria de cancro no pâncreas. Temeu-se o pior – e o pior aconteceu.
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Por:Ana Maria Ribeiro/R.P.V./R.M.

Terminou às 23h25 de ontem, precocemente, uma das mais brilhantes carreiras do teatro português. Desaparece, com 55 anos, um homem que o público se habituou a respeitar. António Feio, internado de urgência na quarta-feira no Hospital da Luz – onde teve ontem duas paragens cardiorespiratórias durante a manhã – acabou por sucumbir à doença que o afligia há ano e meio.
Para a história ficará a memória de um artista de talento que fez rir milhões, sobretudo nas últimas duas décadas, em que, ao lado de José Pedro Gomes, criou um estilo próprio e inimitável de fazer comédia. Ironicamente, começou por fazer chorar...
António Feio tinha 27 anos quando o seu rosto se tornou familiar ao grande público, ao interpretar, na telenovela da RTP ‘Origens’, ‘Nando’, um toxicodependente cujo drama comoveu o País. Já tinha anos de trabalho em teatro. Filho de uma actriz, havia-se estreado nos palcos com apenas 11 anos, desafiado por Carlos Avilez a interpretar ‘O Mar’, de Miguel Torga.
Depois de uma breve passagem por um atelier de arquitectura, como desenhador o apelo das tábuas foi mais forte, e provou ser uma decisão acertada. A viragem na carreira aconteceria depois do encontro com José Pedro Gomes, no início da década de 90. A dupla de actores – cuja química se tornou evidente desde a primeira colaboração, em ‘Inox – Take 5’ – assinou vários espectáculos que foram num crescendo de sucesso: ‘Conversa da Treta’, ‘O Que Diz Molero’, ‘Arte’, ‘Pop Corn’, ‘Jantar de Idiotas’, ‘O Chato’, ‘2 Amores’.
O anúncio da doença veio interromper um percurso ascendente nos palcos, mas nem os tratamentos impediram António Feio de continuar a trabalhar. Apesar dos médicos lhe terem dado três meses de vida, recusou-se a baixar os braços e encontrou tempo – e forças – para terminar a ‘A Verdadeira Treta’, como actor, e de assinar duas encenações, uma das quais ‘Vai-se Andando’, com José Pedro Gomes. A sua página da rede social Facebook foi o elo de ligação com os fãs. A sua última mensagem foi: 'Esqueçam a minha doença! Parem para pensar!'. O velório realiza-se hoje à tarde no Palácio Galveias, em Lisboa.
PERFIL
António Feio nasceu a 6 de Dezembro de 1954 em Lourenço Marques. Estreou-se no teatro em 1966 e colaborou com estruturas como a companhia Laura Alves, Cooperativa de Comediantes Rafael de Oliveira, Teatro Popular, Teatro Aberto ou Teatro Nacional D. Maria II. Fez televisão, cinema e dobragens, encenou inúmeros espectáculos. Formou gerações de jovens como professor de teatro (no Centro Cultural de Benfica). Foi casado duas vezes e teve quatro filhos.
HONRADO NO DIA EM QUE SE TORNOU COMENDADOR
'Só espero ser um digno representante deste tipo de honra.' Foi assim que António Feio reagiu à condecoração que o Presidente da República, Cavaco Silva, lhe atribuiu no último Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março. Desde essa data, o actor passou a comendador da Ordem Infante D. Henrique e compareceu à cerimónia, no Museu dos Coches, visivelmente emocionado, até pela fragilidade visível, reflexo já do seu estado de saúde. 'Queremos um País mais vivo, teatralmente falando, e com mais cultura. O teatro para nós é e será sempre uma festa', disse o actor, que falou na altura em nome de todos os homenageados. Acompanhado pela família, assumiu andar mais emotivo.
DOENÇA APROXIMOU FEIO DA FAMÍLIA
António Feio deixa quatro filhos: Bárbara e Catarina (do casamento com Lurdes Feio), e Sara e Filipe, da relação de 18 anos com Cláudia Cadima. Com uma carreira exigente, nem sempre foi o pai que quis, mas no último ano a doença acabou por aproximar a família – sobretudo depois da morte da irmã, Helena Luísa, falecida em Setembro de 2009, com a mesma doença de António Feio.
'Nós sempre fomos uma família muito próxima, mas claro que nos uniu mais', admitiu, recentemente, a filha Catarina.
Conscientes da luta que o pai estava a travar, as filhas mais velhas chegaram a ir viver com ele, em alturas diferentes, e, tal como o pai, sempre mantiveram uma atitude positiva. Aliás, segundo Cláudia Cadima, era António quem lhes dava maior força. Ontem, voltam a estar unidos, de forma diferente. O nascimento do neto Dinis, actualmente com dois meses, foi um momento de felicidade para o actor, que deixa um desejo por concretizar: levar os filhos a Moçambique, a terra onde nasceu. Ainda assim, manteve, até ao fim, coragem para lutar contra o ‘bicho’ que o consumia, mesmo quando admitiu:. 'Não tenho medo da morte'.
REACÇÕES
'VOU TER MUITAS SAUDADES DELE': Maria Rueff, Actriz
'Estou profundamente sentida com a morte do António. Vou ficar sempre com a memória de um extraordinário encenador, de um actor de comédia excepcional, que lutou sempre até ao fim contra a doença que o levou. Vou ter muitas saudades dele, mas sei que ele estará a sorrir onde quer que esteja'
'EXEMPLO DE CORAGEM PELA FORMA C0MO LUTOU': Nicolau Breyner, Actor
'Vou recordar o António Feio como um amigo de longa data. Tínhamos ainda uma grande diferença de idades. Era um actor muito inteligente, com um sentido de humor excepcional. O António deu também um exemplo de coragem pela forma como lutou com toda a força esta doença. Fez uma parelha fantástica comJosé Pedro Gomes.'
'PERDEU-SE UM HOMEM MUITO IMPORTANTE': Manolo Bello, Produtor
'Perdeu-se um grande homem e um grande actor. Era muito importante para o País. Amigo de toda a gente, estava sempre disponível. Lembro-me do António, há mais de 20 anos, no programa do Joaquim Letria, com o Nuno Artur Silva. Andava sempre preocupado com os textos, por causa da censura... Encarou este último momento da sua vida com muita dignidade.'
AMIGO CHORA MORTE DE FEIO
Aldo Lima, grande amigo de António Feio, acompanhou o sofrimento do actor ao longo das últimas semanas. Ontem, na hora do adeus, o comediante estava inconsolável, não conseguia controlar as lágrimas e, por isso, não conseguiu sequer dizer uma só palavra.

17 incêndios activos assolam todo o pais

terça-feira, 27 de julho de 2010

Dezassete fogos assolam o País esta terça-feira, de acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil Os fogos consomem mato em vários distritos: Aveiro, Porto, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real e Braga.

Mais de cinco centenas de bombeiros combatem os incêndios.

Em Aveiro há sete focos de incêndio activos, seguido de Braga com três, Viseu e Viana do Castelo com dois e Guarda com um. Na zona do Porto há um fogo em zona florestal dominado e um numa zona de mato ainda activo


Este é o meu blogue comentem... acho que as informações que aqui ponho são um pouco interessantes pois quando me incentivaram a fazer este blog não tinha muitas ideias do que iria ele conter, mas agora que arranjei outro colega que me vai dar uma mãozinha pode ser que o tema mude.

Calor provocou dilatação dos carris

O abatimento do piso na linha ferroviária junto ao Cacém provocou ontem, a meio da tarde, constrangimentos na ligação Lisboa-Sintra. As causas estiveram, segundo a Refer, na dilatação dos carris, consequência das altas temperaturas que se fizeram sentir.

Por:J.T./A.M.S./F.P./M.T./J.V./C.S.

O incidente aconteceu a cerca de cem metros da estação do Cacém e obrigou mesmo ao impedimento da circulação de comboios numa das vias, entre o Monte Abraão e o Cacém, no período entre as 16h30 e as 18h20. Este condicionamento afectou o regresso a casa de alguns milhares de utilizadores daquela via, o que, para a Refer, além de ser uma situação invulgar, gerou "atrasos significativos" nas composições.

Segundo o Correio da Manhã apurou, foi o maquinista de uma das composições quem alertou para a anomalia. O comboio passou no local e foi obrigado a parar de emergência, não se registando quaisquer feridos.

Fogos geram pânico de norte a sul

O País viveu ontem o pior dia do ano no mapa dos incêndios, com mais de 300 fogos. De norte a sul, milhares de bombeiros não tiveram mãos a medir para tentar salvar as habitações em perigo e a floresta portuguesa. Ontem à noite, 17 incêndios, que mobilizavam perto de 700 bombeiros, ainda estavam por controlar nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Viseu e Setúbal.

Por:alexandre Panda/Ana Sofia Coelho/F.P.

O Norte foi a zona mais fustigada, com as populações a viverem momentos de pânico com o aproximar das chamas às casas. Em Pessegueiro do Vale, Arrifana, Stª Maria da Feira, cinco idosos, alguns acamados, tiveram de ser retirados das habitações devido à ameaça do fogo.

Na localidade de fontão, em Albergaria-a-Velha, uma bombeira, de 29 anos, da corporação de Vagos, sofreu uma intoxicação quando combatia um incêndio e teve de ser transportada para o Hospital Infante Dom Pedro, em Aveiro.

Na escarpa do Porto, os moradores da freguesia da Sé, onde deflagrou um incêndio que ameaçou diversas habitações, viveram ontem à tarde momentos de grande tensão, quando viram as labaredas a poucos metros de casa. As chamas chegaram a consumir uma dezena de casas devolutas e silvado da escarpa.

'Nunca tive tanto medo na minha vida. Pensei que ia perder a minha casa e tudo o que tinha lá dentro. As chamas ainda atingiram uma parede', afirmou ao Correio da Manhã Rosária Jesus, moradora de uma das casas que estiveram em risco.

'PARECIA UM INFERNO E ATÉ O AR ESTAVA IRRESPIRÁVEL'

Nas zonas de Rebordelo, Parada, Canedo, Vale, Pessegueiro do Vale e Serralva, em Santa Maria da Feira, os bombeiros combateram, todo o dia, um incêndio que atingiu grandes proporções e que só não consumiu habitações graças aos esforços incansáveis de 12 corporações de bombeiros, apoiados com Canadairs e helicópteros.

Ontem à noite, o incêndio ainda estava por controlar e mais de 80 bombeiros permaneciam no local.

'Em 15 minutos as chamas rodearam as casas. Parecia um inferno e o ar estava irrespirável', disse ao CM Paula Almeida, moradora em Rebordelo, localidade que ficou isolada porque a ponte que dá acesso à aldeia estava a ser ameaçada pelas chamas. Cerca de dez pessoas ficaram retidas em casa.

INCÊNDIOS EM SIMULTÂNEO CERCAM CIDADE DE VISEU

A fúria das chamas não deu descanso aos bombeiros do distrito de Viseu, que ontem à tarde tiveram de combater, pelo menos, seis incêndios de grande dimensão, quase em simultâneo. Um dos mais graves deflagrou às 14h33, em Vila Chã de Sá (Viseu) e alastrou ao concelho de Tondela, ameaçando a povoação de Parada de Gonta e provocando ferimentos em dois bombeiros. A proximidade do fogo deixou os moradores em pânico e pelo menos um precisou de ser transportado ao hospital para receber assistência médica. Ao início da noite, o incêndio lavrava descontrolado, apesar dos 176 bombeiros e 50 veículos mobilizados para o teatro de operações. As previsões mais optimistas apontavam para que as chamas ficassem dominadas de madrugada.

O dia de ontem foi um dos mais complicados do ano para o distrito de Viseu, desde que começou a época de fogos florestais. Ao redor da cidade, num raio de 10 quilómetros, chegaram a estar activos seis grandes incêndios, ao mesmo tempo. Um deles, consumiu uma vasta área de pinhal na Serra do Crasto, freguesia de Orgens, e obrigou ao corte da circulação rodoviária na A25, nos dois sentidos, entre o nó de acesso à A24 e o nó de Pascoal. Na região Centro, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou ainda dois outros incêndios que exigiram maior concentração de meios. Foi o caso de um fogo em Brejoeira, concelho de Coruche, onde os bombeiros precisaram de atenção especial para proteger das chamas algumas casas da localidade de Carapuções. Na Lousã, distrito de Coimbra, um incêndio em mato, foi combatido por 53 homens.

ALDEIA TURÍSTICA DE MONTALVO EVACUADA AO INÍCIO DA NOITE

A GNR procedeu ontem à noite à evacuação da aldeia turística do Montalvo, em Alcácer do Sal, devido à proximidade de um incêndio com uma frente activa de cinco quilómetros que durante o dia já tinha destruído uma vasta zona florestal. Segundo informação divulgada pelo Centro Distrital de Operações de Socorro de Setúbal, os meios no local eram ao início da noite de 34 corporações dos distritos de Setúbal, Évora e Beja, com um total de 206 homens, apoiados por 56 viaturas. Foi mesmo necessário recorrer a um reforço de Lisboa. O incêndio deflagrou cerca das 13h30 e o combate às chamas teve o apoio de dois helicópteros pesados da Protecção Civil. O calor intenso que se fez sentir ontem foi a principal dificuldade dos bombeiros.

    Incendeia casa e mata cunhados

    segunda-feira, 26 de julho de 2010

    Ainda foram avisados por uma vizinha para o incêndio, mas as chamas já iam altas. Manuel Leão atendeu o telefone e deu conta de que ia tentar salvar o cunhado. Fausto Borges tinha 84 anos e Manuel Leão 68, e ambos terão caído inanimados devido ao intenso fumo. Morreram na casa, enquanto o incendiário, José Correia, de 42 anos, foi detido na residência dos pais, devendo ser hoje ouvido por um juiz.

    Por:Roberto Bessa Moreira

    O incêndio aconteceu na madrugada de ontem, em Parada de Todeia, Paredes. Os cunhados foram retirados já sem vida da Casa do Fundo, um palacete de 1625. O fogo terá sido ateado pelo caseiro das duas vítimas mortais, que terá agido para se vingar da ex-mulher.

    Manuel Barbosa Leão e Fausto Borges partilhavam a moradia, na rua Fonte D’Ana, desde que a irmã do primeiro e mulher do segundo morreu. Na habitação, construída à base de tabique e madeira, residia ainda um casal, que ocupava parte do primeiro piso. "Eles viviam aí há cerca de 15 anos. Mas, há ano e meio, separaram-se e só ficou na casa o Augusto", referiu José Leão, sobrinho de Manuel.

    Desde o divórcio que o comportamento de José Augusto Correia se alterou ao ponto de ter tentado o suicídio. Na madrugada de ontem, o suspeito começou por atirar móveis, vasos e outros objectos de decoração pela janela, para depois pegar fogo à casa.

    Antes, ainda telefonou à ex-mulher a revelar as suas intenções. "Ela confirmou o telefonema. Foi mesmo na altura em que o fogo terá tido início", afirmou, ao CM, o presidente da Junta de Freguesia de Parada de Todeia, Álvaro Pinto.

    As primeiras chamas foram detectadas, por volta da 01h10, por uma vizinha que, de imediato, telefonou para a Casa do Fundo. "Foi o meu tio ‘Manel’ que atendeu a chamada, mas disse que seria difícil fugirem", contou António Leão, outro sobrinho.

    Nesta altura, Manuel Leão já se dirigia ao quarto de Fausto Borges para ajudar o cunhado, mas o intenso fumo travou-lhe as intenções.

    "Os corpos foram encontrados no quarto do segundo piso", esclareceu o comandante dos Bombeiros de Cête, Rui Gomes. Fausto Borges não chegou a sair da cama.

    Risco de fogo põe País dois dias em alerta

    domingo, 25 de julho de 2010

    Os incêndios voltaram a fustigar o País durante todo o dia de ontem. Centenas de bombeiros combateram as chamas, que incidiram sobretudo na região Norte, em especial no distrito de Viana do Castelo, onde ao início da noite sete fogos ainda se encontravam activos. Nos próximos dois dias vão estar reunidas todas as condições naturais para um grande aumento do número de incêndios, assegura o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.

    Por:Helder Almeida/ Ana Isabel Fonseca

    "O facto de a temperatura estar acima dos 30 graus, a humidade abaixo dos 30 por cento e o vento com uma velocidade superior a 30 km/hora são uma mistura explosiva", avisa Duarte Caldeira.

    Em Viana do Castelo, os bombeiros não tiveram mãos a medir. Esturranha, Castelo e Laranjeira foram as três localidades que as chamas invadiram com mais força. Na primeira vila, o fogo chegou mesmo a estar muito próximo da auto-estrada. "Temos centenas de bombeiros no terreno que vão continuar a combater as chamas durante a noite. Estamos a fazer de tudo para controlar os incêndios. A nossa maior preocupação é evitar que cheguem perto de zonas habitacionais", explicou ao CM António Antunes, comandante das Operação de Socorro de Viana do Castelo.

    Várias corporações de bombeiros do Porto e de Braga foram chamadas para combater os fogos que lavravam no Alto Minho. "Todos os anos é a mesma coisa, esta zona tem muita vegetação e o acesso é muito difícil", desabafou ao CM um bombeiro.

    Para terça-feira já está prevista uma descida de temperatura em todo o País e mesmo aguaceiros em algumas zonas. Esta oscilação de condições meteorológicas tem sido favorável. "Este ano, tal como nos últimos três, temos tido temperaturas mais baixas e mais humidade de noite, que ajuda a temperar a vegetação", explica Duarte Caldeira. Para além dos factores meteorológicos, há ainda que contar com "uma intervenção dos bombeiros mais eficaz, proporcionada por mais meios e homens".

    Acidente na IC33

    Família desfeita no IC33

    Numa questão de segundos, os avós de duas meninas, de 3 e 11 anos, que seguiam num Renault, perderam a vida numa brutal colisão envolvendo cinco veículos, no IC33, entre Grândola e Santiago do Cacém, ao início da tarde de ontem. As menores foram transportadas de helicóptero para Santa Maria, em Lisboa, com prognóstico reservado, mas do fatídico desastre há mais quatro feridos a lamentar, um dos quais em estado grave.

    Por:Helga Nobre/P.G.

    O homem, na casa dos 60 anos – condutor de um dos veículos que deu origem ao choque frontal –, morreu no local do acidente, enquanto a mulher, na mesma faixa etária, não resistiu aos ferimentos, acabando por falecer já no Hospital do Litoral Alentejano, para onde também seguiram os restantes feridos. O desastre ocorreu entre a saída de Santa Cruz e Cruz de João Mendes, Santiago do Cacém. De acordo com testemunhas oculares, terá tido origem 'na ultrapassagem de dois carros que seguiam em sentidos contrários', num troço com três faixas de rodagem. Tudo indica que as duas viaturas que terão originado o acidente – o Renault das vítimas mortais e um Mercedes – não conseguiram evitar a colisão. Ao choque frontal, seguiu-se a colisão com outras viaturas que circulavam em ambos os sentidos.

    'Tentei desviar--me dos outros, mas acabei também por bater, porque apareciam de todos os lados', conta um dos condutores que saiu ileso. O condutor do Mercedes, o outro ferido grave, foi a última vítima a sair do local, três horas depois do acidente, devido aos trabalhos de desencarceramento. O IC33 esteve cortado em ambos os sentidos durante as operações de socorro.

    Ao início da noite a GNR contabilizava já cinco mortos e sete feridos, ontem, em acidentes.

    terça-feira, 13 de julho de 2010

    Toca a reencaminhar!!!!!! Não doí nada!!!!! E pode salvar esta menina!!!!!! Hoje por ela...... Amanhã pelos nossos!

    Por favor esta bebezinha tem apenas 4 1/2 meses e ela encontra-se gravemente doente, e se puderes no mínimo re-encaminhar este email para todos os teus contactos estarias a contribuir 10 cêntimos para a operação dessa bebezinha

    Deus abençoe todos que re-encaminharem este email












    Simplesmente reenvie este email, nao necessita dinheiro..........

    sexta-feira, 9 de julho de 2010

    Concerto "Corvos" - Dia 14 de Julho (Quarta-feira), irá realizar-se o concerto dos "Corvos" no pavilhão desportivo da Escola Professor Noronha Feio em Queijas a partir das 22.00h.
    O custo dos bilhetes é 10 euros e as crianças até dez anos têm entrada gratuita desde que acompanhadas por um adulto.
    Apareça, vai gostar de certeza ;)

    VAMOS LÁ AJUDAR PESSOAL, isto não se trata da tanga do costume

    domingo, 20 de junho de 2010

    A Inês é uma aluna do 12º ano, de Pinhel, Manigoto, que precisa de um transplante de coração.

    Tem um tipo de sangue raro. Se souberem de alguém que possa ajudar, agradecemos, caso contrário divulguem

    este email.

    Um abraço








    U R G E N T E
    Cumprimentos


    1. Envio para si, porque sei que o reencaminharás para muita gente. Pedido de sangue!

    2. Por motivo de doença grave, um ser humano está hospitalizado à espera de ser operado. Ainda não o foi porque tem um sangue raro (só 2% da população mundial tem).
    Trata-se do sangue Tipo
    B-

    Pede-se a quem tenha este tipo de sangue que contacte com urgência:

    4. Luís de Carvalho - 931085403 931085403

    5. Pedro Leal Ribeiro - 222041893 222041893 Fax: 222059125
    6. Se não puderes ajudar, divulga este e-mail. [ Hoje por ele, AMANHÃ...]

    Faleceu José Saramago

    sexta-feira, 18 de junho de 2010

    José de Sousa Saramago (Azinhaga, Golegã, 16 de Novembro de 1922Lanzarote, 18 de Junho de 2010) foi um escritor,argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.

    Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago é considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.[1]

    O seu livro Ensaio Sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Jardineiro Fiel e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.

    Nasceu na província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, é membro do Partido Comunista Português e foi director do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias.

    Saramago nasceu em Azinhaga, no Ribatejo, de uma família de pais e avós pobres. A vida simples, passada em grande parte em Lisboa, para onde a família se muda em 1924 – era um menino de apenas dois anos de idade – impede-o de entrar na universidade, apesar do gosto que demonstra desde cedo pelos estudos. Para garantir o seu sustento, formou-se numa escola técnica. O seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico. Entretanto, fascinado pelos livros, à noite visitava com grande frequência a Biblioteca Municipal Central - Palácio Galveias na capital portuguesa.

    José Saramago no Festival Internacional de Filmes de San Sebastián (segurando a tradução em língua persa do seu livro Ensaio sobre a cegueira.

    Autodidacta, aos 25 anos publica o primeiro romance Terra do Pecado (1947), mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante, fruto do primeiro casamento com Ilda Reis – com quem se casou em 1944 e permaneceu até 1970 - nessa época, Saramago era funcionário público; em 1988, casar-se-ia com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del Río Sánchez, que conheceu em 1986, ao lado da qual continua a viver. Em 1955, começa a fazer traduções para aumentar os rendimentos – Hegel, Tolstói e Baudelaire, entre outros autores a quem se dedica.

    Depois de Terra do Pecado, Saramago apresenta ao seu editor o livro Clarabóia, que, rejeitado, permanece inédito até hoje. Saramago persiste nos esforços literários e, dezenove anos depois – então funcionário da Editorial Estudos Cor - troca a prosa pela poesia e lança Os Poemas Possíveis. Num espaço de cinco anos, depois, publica sem alarde mais dois livros de poesia, Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). É quando troca também de emprego, abandonando a Estudos Cor para trabalhar no Diário de Notícias, depois no Diário de Lisboa. Em 1975, retorna ao Diário de Notícias como director-adjunto, onde permanece por dez meses, até 25 de Novembro do mesmo ano, quando os militares portugueses intervêm na publicação (reagindo ao que consideravam os excessos da Revolução dos Cravos) demitindo vários funcionários. Demitido, Saramago resolve dedicar-se apenas à literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionista: "(…) Estava à espera de que as pedras do puzzle do destino – supondo-se que haja destino, não creio que haja – se organizassem. É preciso que cada um de nós ponha a sua própria pedra, e a que eu pus foi esta: "Não vou procurar trabalho", disse Saramago em entrevista à revista Playboy, em 1988.[2]

    Da experiência vivida nos jornais, restaram quatro crónicas: Deste Mundo e do Outro, 1971, A Bagagem do Viajante, 1973, As Opiniões que o DL Teve, 1974 e Os Apontamentos, 1976. Mas não são as crónicas, nem os contos, nem o teatro os responsáveis por fazer de Saramago um dos autores portugueses de maior destaque - missão reservada a seus romances, género a que retorna em 1977.

    Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago retorna ao mundo da prosa ficcional com Manual de Pintura e Caligrafia. Mas, ainda não foi aí que o autor definiu o seu estilo. As marcas características do estilo saramaguiano só apareceriam com Levantado do Chão (1980), livro no qual o autor retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo.

    Dois anos depois de Levantado do Chão (1982) surge Memorial do Convento, livro que conquista definitivamente a atenção de leitores e críticos. Nele, Saramago mistura factos reais com personagens inventados: o rei D. João V e Bartolomeu de Gusmão, com a misteriosa Blimunda e o operário Baltazar, por exemplo.

    De 1980 a 1991, o autor traz a lume mais quatro romances que remetem a fatos da realidade material, problematizando a interpretação da "história" oficial: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) - sobre as andanças do heterónimo de Fernando Pessoa por Lisboa; A Jangada de Pedra (1986) - quando a Península Ibérica solta-se do resto da Europa e navega pelo Atlântico; História do Cerco de Lisboa (1989) - onde um revisor é tentado a introduzir um "não" no texto histórico que corrige, mudando-lhe o sentido; e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) - onde Saramago reescreve o livro sagrado sob a óptica de um Cristo humanizado (sendo esta a sua obra mais controvertida).

    Nos anos seguintes, entre 1995 e 2005, Saramago publicará mais seis romances, dando início a uma nova fase em que os enredos não se desenrolam mais em locais ou épocas determinados e personagens dos anais da história se ausentam: Ensaio Sobre a Cegueira (1995); Todos os Nomes (1997); A Caverna (2001); O Homem Duplicado (2002); Ensaio Sobre a Lucidez (2004); e As Intermitências da Morte (2005). Nessa fase, Saramago penetra de maneira mais investigadora os caminhos da sociedade contemporânea.

    Faleceu no dia 18 de Junho de 2010[3], aos 87 anos de idade, na sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de leucemia crónica[4]. O escritor estava doente há algum tempo e o seu estado de saúde agravou-se na sua última semana de vida.